ATA DA DÉCIMA SEGUNDA
SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 29-02-2016.
Aos vinte e nove dias do
mês de fevereiro do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Rodrigo Maroni. Constatada a
existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart,
Dr. Raul Fraga, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir Cecchim,
João Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Prof. Alex
Fraga, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra
e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº
024/16 (Processo nº 0309/16), de autoria de Cassio Trogildo. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se Fernanda Melchionna, Rodrigo Maroni, Engº Comassetto e
Sofia Cavedon. Na ocasião, por solicitação de Reginaldo Pujol, foi
realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a Isamir Brocker de
Oliveira. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Cassio
Trogildo, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às
quatorze horas e quarenta e nove minutos, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foi aprovado
Requerimento verbal formulado por Márcio Bins Ely, solicitando alteração na
ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo nº 024/14
(Processo nº 1632/14), considerando-se mantido o Veto Parcial oposto, por treze
votos SIM e quinze votos NÃO, após ser discutido por Bernardino Vendruscolo,
Idenir Cecchim e Clàudio Janta, tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo,
Clàudio Janta, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir
Cecchim, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro,
Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota e Sofia Cavedon e votado Não Airto
Ferronato, Cassio Trogildo, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely,
Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum e
Rodrigo Maroni. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 179/14 (Processo nº 1896/14), considerando-se mantido
o Veto Total oposto, por sete votos SIM, dezoito votos NÃO e duas ABSTENÇÕES,
após ser discutido por Fernanda Melchionna, tendo votado Sim Bernardino
Vendruscolo, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon, votado Não Airto Ferronato, Cassio
Trogildo, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Paulinho Motorista, Paulo Brum e Rodrigo Maroni e optado pela Abstenção Clàudio
Janta e Dr. Thiago. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 232/15 (Processo nº 2362/15), considerando-se
mantido o Veto Total a ele oposto, por sete votos SIM, treze votos NÃO e duas
ABSTENÇÕES, após ser discutido por Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga, Jussara
Cony e Kevin Krieger e encaminhado à votação por Sofia Cavedon, tendo votado
Sim Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Marcelo
Sgarbossa, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon, votado Não Cassio Trogildo, Dr.
Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila e Paulo Brum e optado pela Abstenção Dr. Thiago e
Tarciso Flecha Negra. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Decreto Legislativo nº 008/15 (Processo nº 2841/15), por vinte votos SIM e seis
votos NÃO, após ser discutido por Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, João
Carlos Nedel, Sofia Cavedon e Marcelo Sgarbossa, em votação nominal solicitada
por Clàudio Janta, tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo,
Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins
Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Paulo Brum, Rodrigo Maroni, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e votado Não
Clàudio Janta, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Prof.
Alex Fraga e Sofia Cavedon. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Mônica Leal, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi apreciado o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/13 (Processo nº 1082/13). Foi aprovada
a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/13, por vinte
e cinco votos SIM e um voto NÃO, tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo,
Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga,
Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Márcio
Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e
Tarciso Flecha Negra e votado Não João Bosco Vaz. Foi aprovado o Projeto de Emenda
à Lei Orgânica nº 002/13, por vinte e seis votos SIM e um voto NÃO, tendo
votado Sim Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr.
Raul Fraga, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes
Ribeiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Rodrigo
Maroni, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não
João Bosco Vaz. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Delegado
Cleiton, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em
Votação, foram aprovados os Requerimentos nos 001, 007 e 014/16
(Processos nos 0073, 0356 e 0523/16, respectivamente). A seguir, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Sofia Cavedon, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral
e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/14 (Processo nº
0516/14). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 043/14. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 043/14, por doze
votos SIM, onze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada por
Kevin Krieger, tendo votado Sim Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart,
Dr. Raul Fraga, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins
Ely, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal, votado
Não Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz,
João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mendes Ribeiro, Mônica
Leal, Nereu D'Avila e Paulo Brum e optado pela Abstenção Engº Comassetto. Em
seguida, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Clàudio Janta,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 010/16 (Processo nº 0414/16),
por dezenove votos SIM e dois votos NÃO, após ser encaminhado à votação por
Sofia Cavedon e Lourdes Sprenger, em votação nominal solicitada por Idenir
Cecchim e Mendes Ribeiro, tendo votado Sim Clàudio Janta, Dr. Goulart, Dr.
Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Kevin
Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mauro Pinheiro,
Mendes Ribeiro, Nereu D'Avila, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol,
Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não Idenir
Cecchim e João Carlos Nedel. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de
Lei do Legislativo nº 166/13 (Processo nº 1642/13), o qual, após ser
encaminhado à votação por Sofia Cavedon e Dr. Thiago, teve sua votação
suspensa, em face da inexistência de quórum deliberativo. Durante a sessão, Sofia Cavedon, João
Carlos Nedel e Idenir Cecchim manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às
dezessete horas e quatorze minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada por Clàudio Janta, o Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por
Cassio Trogildo, Guilherme Socias Villela e Delegado Cleiton e secretariados
por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e
aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas. Eu quero trazer três
temas para essa tribuna. Primeiro, aproveitando a presença do meu colega Ver.
Mendes Ribeiro, trazer o tema do veto absurdo, Ver. Kevin Krieger, Líder do
Governo nesta Casa, que fizeram ao nosso projeto de lei aprovado em dezembro do
ano passado, que visa, única e exclusivamente, dar transparência às peças
publicitárias contratadas pela Prefeitura, obrigando a ter o valor da peça
publicitária em cada uma das suas veiculações. Exatamente como funciona na
campanha eleitoral, por exemplo, quando os candidatos compram aqueles espaços
no jornal e que têm ao lado o valor que foi pago por essa peça. Em tempo de lei
de acesso à informação pública, em tempo de luta por mais democracia, em tempo
que a população sai às ruas porque quer transparência dos governos, nós temos
uma medida autoritária que nega aquilo que a Câmara aprovou por unanimidade.
Eu quero me dirigir aos Vereadores e Vereadoras
desta Câmara, esperando, Ver. Paulinho, que a gente
mantenha a votação de dezembro. Foi exatamente como fizeram com o seu projeto
do ar-condicionado, com o meu projeto das AEIs, que eram projetos coerentes com
a vida e com a necessidade do povo, que eram projetos vinculados às
necessidades das populações que estavam nessas ocupações e que, inclusive,
sofreram reintegrações de posse, como é o caso da Bela Vista – o Hilton está
aqui na Câmara de Vereadores neste momento e é nossa testemunha. Mais uma vez,
o Governo vai contra aquilo que a Câmara de Vereadores aprovou e que faz parte
de um senso de luta do povo na cidade de Porto Alegre. Eu duvido, Ver. Kevin
Krieger, que tenha alguém do povo, uma viva alma do povo que defenda esse veto
do Prefeito Fortunati. A população tem obrigação de saber, tem direito, é
melhor, de saber para onde estão indo os seus recursos. O Erário são recursos
públicos municipais, que devem ir para as áreas sociais.
Por fim, nestes dois
minutos que me restam, eu queria fazer uma cobrança pública ao Governo. Logo
após o temporal do dia 29 de janeiro, teve um comparecimento aqui em que nós
entregamos um Pedido de Informações ao Governo. O Vice-Prefeito Sebastião Melo
disse que, na outra semana, responderia ao Pedido de Informações, como uma
prioridade do Governo. Era um pedido nosso, do PSOL, sobre a questão do Porto
Alegre Resiliente, perguntando onde foram investidos os R$ 8 milhões que a
Cidade já recebeu, pedindo cópia do contrato e dos compromissos assumidos entre
a Prefeitura de Porto Alegre e a Fundação Rockefeller. O Prefeito, aqui nesta
tribuna – está nas notas taquigráficas, gravado – disse que, em uma semana, a
resposta a esse Pedido de Informações estaria em nossas mãos; que havia ligado
para o Secretário Busatto, havia dado como prioridade responder à Bancada do
PSOL. Nós estamos já no final de fevereiro e não tivemos resposta ao nosso ofício,
ao nosso Pedido de Informações, já vão mais de duas semanas. Eu ainda esperei
para vir a esta tribuna fazer a cobrança pública, porque, muitas vezes, há
falha nos órgãos de Governo nas respostas ao Pedidos de Informações, mas o fato
é que se passou tempo demais.
Também é fundamental
a gente resgatar a necessidade da transparência da comunicação, os compromissos
assumidos diante dos Vereadores e das Vereadoras desta Cidade. Há necessidade
dessas informações serem públicas, porque são recursos que deveriam ir para a
melhoria, inclusive, do que diz respeito às questões ambientais na prevenção de
riscos em caso de desastre. E nós não temos nenhuma prestação de contas
pública, dizendo para onde foram esses oito milhões recebidos pela Prefeitura
de Porto Alegre e que não passaram pelo caixa único, conforme consta na
imprensa, o que é extremamente temerário. Nós queremos esclarecimentos dessa
questão. E mais: Porto Alegre tem mais R$ 20 milhões a receber, portanto queremos que
haja controle social na discussão do investimento desses R$ 20 milhões e para
vai cada um dos centavos recebidos pelo Governo Municipal, oriundos do povo de
Porto Alegre, que precisam ter transparência. Então eu peço aos Vereadores,
Ver.ª Lourdes, que derrotemos esse veto, porque era o princípio da
transparência que obrigava a Prefeitura e a Câmara a publicar quanto foi o
valor contratado quando da veiculação de peças publicitárias, exatamente como é
na campanha eleitoral com os candidatos. Um princípio básico de democracia.
Acho que aqui não estamos... Temos a emenda do Ver. Pablo Mendes Ribeiro, que
melhorou bastante o nosso projeto. Então nós estamos aqui fazendo um debate de
democracia e de transparência, assim como o seu projeto dos cosméticos fazia no
ano passado e nós votamos com V. Exa., pela derrubada do veto. Nós pedimos a
votação dos Vereadores pela derrubada do veto, pela manutenção do projeto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO
MARONI: Boa tarde, Ver. Cassio Trogildo; Vereadoras e Vereadores; colegas
funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre; público que nos assiste pela
TVCâmara e público presente nas galerias. Neste início de ano eu reapresentei –
até a Ver.ª Fernanda Melchionna estava me perguntando –, pelo menos dez
projetos, todos muito pensados, e procurei pensá-los a partir de uma
perspectiva empírica, não só teórica, não só distante. Eu vi muitos projetos
aqui – sem questionar de forma alguma, de forma respeitosa –, muitos distantes
do que acontece de fato. Eu acho que um dos papéis mais importante de qualquer
Parlamentar é procurar perceber a partir do que se vive e do que se sente,
aquilo que poderia desobstruir ou interferir na vida das pessoas. Hoje eu venho
aqui para falar de um projeto de lei, mas eu falo com toda a minha indignação e
o coração de quem passou não uma noite ou um dia só, foram centenas de noites,
centenas de dias, de tardes e madrugadas, no meu Natal, na virada de ano, no
carnaval. Isso não é nenhum mérito para mim, pelo contrário, é algo que tive
que encarar na prática, Pujol, porque não tinha naquele momento em que as
pessoas me chamavam e não tem até agora solução para essa situação, que é o
número de atropelamento de animais. Eu sei que os dados oficiais,
provavelmente, sejam bem diferentes dos meus, porque os dados oficiais, talvez,
não cheguem todos e também, muitas vezes, para os Municípios não interessa
mostrar, de fato, os números oficiais de animais atropelados.
Quero dizer que os atropelamentos de animais são
diários, são dezenas e dezenas de animais atropelados todos os dias. Essas
pessoas que atropelam propositalmente os animais, na minha opinião, não podem
ser consideradas normais – obviamente que há um ou outro acidente, Prof. Alex.
Ontem mesmo, eu vinha pela Av. Protásio Alves e passou um rapaz... Normalmente,
por ser a minha pauta, eu cuido, então todo o animal quando sai da calçada eu
começo a entrar naquela situação de quem vive o outro lado, que é o da dor, que
é todo dia. Teve um animal que eu peguei, para vocês terem uma ideia, que
estava atropelado há 60 dias. Tem o vídeo do animal atropelado há 60 dias, o
que prova a minha tese da importância de nós termos uma ambulância para
animais.
Mas, além de sugerir a ambulância para o resgate,
um hospital 24 horas, hoje eu faço, vamos dizer assim, um pedido a todos os
Vereadores ou todos que estejam me ouvindo: liguem para qualquer órgão, seja a
Brigada Militar, a Secretaria do Município, o Corpo de Bombeiros e digam, numa
sexta-feira ou numa quinta-feira à noite, depois das 18h que tem um animal
atropelado ali... Eu digo que 90% da população não têm condições de pagar um
tratamento que sai em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil Pujol. A realidade é esta:
dezenas de animais ficam atropelados. E aí tem gente que me questiona por que
eu sou completamente contra a multa. Por que eu sou contra a multa para o
indivíduo que atropela um animal de forma intencional? O indivíduo, entre pagar
R$ 150,00 de multa ou pagar R$ 2,5 mil a R$ 3 mil para uma operação, vai fazer
o quê? O que tu achas que ele vai fazer, Alex?
Então, eu estou apresentando um projeto para
criminalizar o indivíduo que atropela intencionalmente um animal, além de ser
um inimigo pessoal, como esse motoqueiro que passou ontem nessa grande avenida
e tocou por cima e por pouco não pegou o animal. Todos os dias eu passo por
essa situação, eu vejo o que são noites de dor. Para quem acha que um animal
não sente dor em ficar com a coluna fraturada por uma semana, eu convido a pegar
seu próprio dedo e quebrá-lo, ou a pedir para outra pessoa tocar um tijolo em
sua cara e ficar sangrando sem reação, porque é isso que acontece com o animal.
Ou então fraturar o pé – pede a um motociclista ou a um motorista de carro
passar em cima de seu próprio pé e ficar sem atendimento. Para mim, o indivíduo
que atropela um animal tem que ir para a cadeia, não tem papo de multa...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. RODRIGO
MARONI: ...Obrigado, Presidente Cassio. Tem que ser
equivalente à punição de um indivíduo que atropela um ser humano. Atropelou,
não parou, teve a placa anotada, tem que ir para a cadeia; atropelou, não
parou, foi intencional, tem que ir para a cadeia; atropelou por acidente, pagou
os custos, o.k. – é o mesmo quando
ocorre o atropelamento de uma pessoa. Então eu queria muito que os meus colegas
se sensibilizassem com esta pauta. E aí tem gente que diz: “É lei federal...”,
eu acho que determinadas leis nós temos que debater aqui no Parlamento; mesmo
que sejam inconstitucionais, Ver. Pujol – e tu és um professor para mim aqui –,
nós temos que debater a lei justamente para atingir e sensibilizar. Eu vejo
muita campanha da grande imprensa falando da importância de usar cinto, da
grande imprensa falando da importância de beber e não dirigir, de colocar a
criança no banco de trás, mas eu não vejo nenhuma campanha falando da
importância...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr.
Isamir Brocker de Oliveira, ex-servidor da Casa, que atuou na assessoria do
Ver. Mazaropi e também na assessoria do Ver. Paulo Odone em momentos
diferentes.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Deferimos o pedido.
(Faz-se um
minuto de silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de
Líder.
O SR. ENGº COMASSETTO: Boa tarde Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras
e senhores. Em nome da minha bancada, do PT, quero tratar de um tema que assola
Porto Alegre e que tem uma particularidade na região da Cruzeiro, Santa Tereza,
Grande Glória, que é não só a violência ali estabelecida, mas a situação em que
se encontram essas comunidades.
A nossa
bancada fez uma reunião com a comunidade da Cruzeiro, no último sábado à tarde,
fazendo um debate, bem como a comunidade já veio a esta Casa, no dia 15 de dezembro,
na CUTHAB, trazer a demanda e as reivindicações das obras da Cruzeiro, ou da
grande Av. Cruzeiro, com o reassentamento de 1,6 mil famílias. Esta obra que
foi construída para ser obra da Copa do Mundo, com a liberação do recurso pelo
Governo Federal para sua execução, tanto das moradias quanto das obras de
infraestrutura. E aí, prezado Dr. Raul, junto ao Postão da Cruzeiro nem os
médicos querem mais trabalhar, nem os profissionais da saúde, nem as pessoas
que estão acometidas por algum problema de saúde querem ir ao Postão da
Cruzeiro. Inclusive, os nossos participantes de sábado, alguns deles, foram
interpelados por cidadãos perguntando o que faziam ali, naquele momento, na Cruzeiro. Quero aqui convidar todos os Vereadores e
Vereadoras, principalmente o nosso Líder do Governo, Ver. Kevin Krieger, para
caminhar na Cruzeiro. E aquele cenário ali, Ver. Cecchim, é um cenário de
guerra, porque a obra que iniciou, há três, quatro anos, da Prefeitura,
destruiu um conjunto de casas que estão ali quebradas, abandonadas, com lixo, e
outras estão de pé no meio daquele cenário. Isso é uma postura clara de uma
falta de planejamento e de estruturação. E o DEMHAB, junto com a PGM, veio aqui
a esta Casa, dia 15 de dezembro, e não trouxe, naquele momento, o cronograma das
obras e do reassentamento das famílias. Bom, uma família que está numa casa em
que foram destruídas as casas ao lado, que não sabe para onde vai nem quando
vai... E aquela região está tomada de lixo, matagal, bem como a ação do tráfico
ali sendo cada vez mais forte. Eu quero dizer a todos que nos ouvem em Porto
Alegre: acusam as comunidades da periferia da violência por causa do tráfico.
Agora, Ver. Nereu, por que existe o tráfico? Porque existe consumidor de droga.
Quem consome a droga não é a comunidade da periferia, é a classe alta, a classe
média, é a burguesia das grandes cidades. Quem consome as drogas, quem vai
comprar lá no Morro Santana, na Restinga, no Rubem Berta e em outras regiões
onde está instalado o tráfico é quem tem poder aquisitivo, são pessoas com
formação de 3º grau, é quem tem ganho; são pessoas que se dizem do bem, mas são
elas que alimentam o tráfico na periferia, que envolve as crianças, a
juventude, e essa juventude, por falta de perspectiva. Tanto que, ali na
Cruzeiro, está anunciada para quarta-feira a inauguração de uma escola
infantil. Sabem quantos anos, Ver.ª Sofia, levaram para construir a escola
infantil? Quatorze anos! Então, uma comunidade como a Cruzeiro, que está
naquele cenário de abandono, num cenário onde a paisagem urbana é um cenário de
guerra, o que é que sobra para a comunidade?
Então, em nome da
nossa Líder de Bancada, Ver.ª Sofia Cavedon, que coordenou a nossa ida sábado
lá na Cruzeiro, nós estamos trazendo aqui este diagnóstico. Prefeito Fortunati,
olhe para a Cruzeiro!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª. Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Vereador-Presidente; obrigada aos partidos, ao Partido dos
Trabalhadores, Ver. Engº Comassetto; Ver. Alex, espero falar também em nome do
PSOL neste tempo de oposição. Ver.ª Jussara Cony, Vereadores aqui presentes,
acho que devemos seguir nesse tema da segurança e da segurança para os
funcionários públicos, para as funcionárias públicas na sua atuação, uma pauta
que o Ver. Alex vem trabalhando nas escolas, inclusive trouxe aqui sobre o
posto de saúde, acho que há duas semanas, da Coqueiros da Zona Norte. Se aqui o
Comassetto trouxe, com a veemência necessária, o problema da violência da
Cruzeiro, que é, Ver. Sgarbossa, sim, resultado do fim do Território da Paz
naquela região. A partir da retirada das horas do que efetivo que compunha o
Território da Paz na Cruzeiro, desencadeou-se a agudeza da violência que vive
essa região. Isso num cenário, num território em que a obra da Tronco, Ver.ª
Jussara, foi pensada, projetada e iniciada sem as moradias populares para 1,6
mil famílias que seriam retiradas de lá. Hoje, depois de cinco anos desse
anúncio e do início da construção da Tronco, seguem os moradores convivendo com
escombros, famílias que saíram pelo bônus-moradia, Prof. Alex, sabe-se lá para
onde, e suas casas foram demolidas. Então, a comunidade convive com canteiro de
obras, com obra parada na Tronco, com os escombros das moradias, das
comunidades que saíram, e aguardam moradias as 1,5 mil famílias. E o Território
da Paz foi desarticulado, desativado a partir do fim do Governo Tarso, a partir da política, que é uma política criminosa
desta gestão do Governo Sartori, que trata a segurança como qualquer outra
medida que é possível ou não é possível ter no seu governo, ele que tem um
Secretário que faz contas e contas e contas na rádio, como se a população
tivesse que ter dó dos governantes e não sentir indignação e fazer pressão sobre
os governantes, que têm que saber eleger prioridades e cortar na própria carne
para garantir a vida da população.
A comunidade da
Cruzeiro, nesta combinação da gestão desastrosa daquela obra da Tronco com a
retirada da segurança pública e com a inoperância no apoio ao serviços
públicos, uma vez acossada pela violência, perde também o serviço de ônibus, o
posto de saúde, o atendimento em saúde, e os funcionários pressionados,
assustados, apavorados, estão sendo tensionados a trabalhar, obviamente.
Nós, aqui, mostramos
cenas; o Ver. Kopittke mostrou cenas do tiroteio, da execução dentro do Posto
de Saúde, do PAM 3, quando discutíamos o veto ao seu projeto da separação no
atendimento de pessoas envolvidas com a violência.
Quero aqui
compartilhar que, sim, no Grupo Hospitalar Conceição – GHC, foi organizado um
espaço separado para atender pessoas doentes, pacientes, Ver. Sgarbossa,
envolvidas em situações de violência, em tráfico de drogas. No GHC foi
organizado. E aqui foi vetado. Nós assistimos a um vídeo em que vimos o que
aconteceu aos funcionários do Postão que são expostos a isso. Hoje, chegamos a
uma situação extremamente aguda para os nossos funcionários, mas é uma situação
em que vivem todo dia as nossas comunidades.
Na semana passada, eu
pude estar no Posto da Coqueiro, na Zona Norte, onde a funcionária que apanhou
de um paciente denunciou e vem denunciando há mais de mês a sua situação.
Estivemos lá e, ao ouvir a funcionária contar sobre o incidente, as técnicas de
enfermagem se emocionaram, Dr. Raul; elas estão convivendo com este mesmo
paciente que espancou a trabalhadora. Ele cinco vezes já foi lá. Nada mudou,
não tem um guarda municipal lá, e não tem sequer um balcão para garantir alguma
segurança física para os funcionários.
Nós encaminhamos,
junto com o Sindisaúde, uma reunião com a Secretária Adjunta da Saúde, porque
não é só o problema da Cruzeiro, mas o problema é dos postos de saúde de uma
forma geral em Porto Alegre.
Eu encerro, em nome da oposição. Fiz questão de
citar os Vereadores Prof. Alex Fraga, Jussara Cony, Fernanda Melchionna, os
Vereadores da minha bancada porque todos, em algum momento, estão atuando,
recebendo denúncias, buscando essa atuação efetiva do Governo do Estado, do
Governo Municipal, seja na garantia da segurança dos cidadãos, seja na garantia
de segurança para o trabalhador, a trabalhadora. E hoje começam as aulas nas
escolas públicas – municipais e estaduais –, cujos trabalhadores, além da
violência do parcelamento de salário, vão enfrentar a violência nas suas comunidades,
e nós precisamos de governos que levem isso muito a sério. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Coloco à apreciação do Plenário a alteração da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente,
entrar no Grande Expediente, uma vez que não estão presentes os Vereadores
inscritos. Após retornamos à ordem normal. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 14h49min): Passamos à
O SR. MÁRCIO
BINS ELY (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLCL nº
022/15, com Veto Total, da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Presidente, nós construímos essa antecipação dos vetos em função da
semana da mulher, que é na semana que vem. Nós temos projetos específicos, um
do Presidente e de outros Vereadores, para segunda-feira. Se nós não avaliarmos
os vetos entre hoje e quarta-feira, nós simplesmente interromperemos a pauta da
semana da mulher. Em função disso, por acordo de lideranças, nós puxamos para
hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Márcio
Bins Ely. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1632/14 – VETO
PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 024/14, que estabelece normas para a
instalação, a conservação e o uso de elevadores, escadas rolantes e outros
equipamentos de transporte instalados, de forma permanente, em edificações no
Município de Porto Alegre e revoga as Leis nºs 1.827, de 27 de dezembro de
1957, 2.134, de 19 de novembro de 1960, 2.864, de 9 de dezembro de 1965, 7.787,
de 24 de maio de 1996 e 8.497, de 22 de maio de 2000.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela manutenção do Veto Parcial.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 03-03-16 (quinta-feira).
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLE nº
024/14, com Veto Parcial. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir o PLE nº 024/14, com Veto Parcial.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Cassio Trogildo, em razão da
alteração na ordem de votação, que nos pega de surpresa, porque, em princípio o
veto... E eu consulto V. Exa. e a Mesa, que acaba de fazer a leitura. A
inversão da ordem dos projetos prejudica um pouco a defesa de uma emenda da
qual sou autor juntamente com o Ver. Idenir Cecchim, porque não nos é dado
tempo suficiente neste momento para fazer essa defesa. Mas a nossa emenda,
Presidente, Vereadores, senhoras e senhores, trata de estabelecer minimamente condições
para os prédios já construídos poderem instalar equipamento de elevadores. Vou
fazer uma defesa aqui, inicialmente sinalizando que prédios com, por exemplo,
25 a 30 anos, pessoas que lá foram habitar, passado esse
tempo, Ver. Paulinho Motorista, eram jovens; hoje são pessoas de idade. Existem
casos em que as pessoas estão morando nos seus apartamentos em andares elevados
e que precisam de um atendimento com elevador, Ver. Manfro, para se deslocarem
com mais conforto, porque nós vivemos um momento em que as questões de pessoas
com dificuldades de mobilidade são atendidas de forma
diferente de como o eram no passado. E, nós, eu e o Ver. Idenir Cecchim, encontramos neste projeto, senhoras, a
possibilidade de minimamente se trazer um regramento, e o projeto foi vetado
parcialmente. Por isso, nós queremos aqui, num primeiro momento, e pedindo a
Liderança do Governo, que observem essa possibilidade de nós derrubarmos o
veto. Até confesso que, se o Executivo já tivesse sinalizado nesse sentido,
Ver. Cecchim, nós não teríamos posto essa emenda. Então, os senhores e as
senhoras – eu aqui, evidentemente, faço uma defesa dentro da coerência –, nós
não devemos aceitar esse capricho exagerado nas questões do que pode ou não
pode nesse projeto, porque o entendimento do Governo foi assim. Nós estendemos
diferente, tanto que este Plenário aprovou. Mas o mais importante é o objeto em si. Nós temos muitos prédios em Porto Alegre,
com 20, 30, 40, 50, 60 anos com até quatro pavimentos, sem elevadores, e que,
pela lei que está posta, há muita dificuldade deste enquadramento.
O que nós estamos
defendendo nessa emenda? Que prédios antigos tenham um tratamento diferenciado
para se dar condições de melhor mobilidade às pessoas com deficiências ou com
condições desfavoráveis. Então, eu peço a compreensão dos senhores, porque nós
vamos trabalhar pela derrubada deste veto parcial. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para discutir o PLE nº 024/14,
com Veto Parcial.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
este Veto Parcial à Emenda nº 11 deste projeto, certamente, Ver. Bernardino,
não foi vetado; eu não sei quem assinou este veto, se foi o Sebastião Melo ou
se foi o Fortunati, mas nenhum dos dois leu antes. Porque escutem só o que diz
este veto: o Poder Executivo vetou o texto da Emenda nº 11, porque a mesma
versa sobre regras relacionadas às edificações, quando propõe incluir no texto
a possibilidade de instalação de elevadores em prédios com até quatro
pavimentos.
Ao contrário, o
projeto de lei trata sobre normas para instalação, conservação e uso de
elevadores e similares. Quer dizer que quem redigiu isso nem dizer o
contraditório soube fazer. Diz exatamente aquilo que se propõe na emenda, diz
que é isso que o Poder Executivo faz. Eu acho que tem uma grande confusão. Se
não quer aprovar, já diz: “Isso aqui não é para vocês, isso aqui nós temos um
projeto, apresentem um outro projeto”. E eu tenho certeza que, se este veto for
mantido, eu vou votar pela derrubada do veto, pela falta de criatividade de
quem redigiu isso. Eu acho que não é possível, tem que dar uma razão melhor do
que isso.
O Sr. Bernardino
Vendruscolo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Quem assinou o veto foi o Prefeito José Fortunati. Nós sabemos que o Prefeito
normalmente vai pela assessoria, mas eu concordo com Vossa Excelência.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Na própria redação da justificativa, que é um absurdo. O Ver. Sabino,
que está escutando uma entrevista do Dr. Thiago... Ver. Sabino, V. Exa., que é
um advogado que estudou a hermenêutica como poucos aqui, se lê este motivo que
o Executivo deu para vetar. O senhor vai rir mais do que assistindo à
entrevista; muito mais, porque é absurdo, tem que ter uma razão mais
fundamentada. Só o que nós quisemos fazer, na realidade, foi oportunizar, como
disse o Ver. Bernardino, não é obrigar. Vejam bem, nós não estamos obrigando
ninguém a colocar elevador, estamos deixando aqueles prédios que têm um
problema. Por exemplo, eu conheço um prédio em que um cadeirante mora no quarto
andar, o condomínio todo quer instalar o elevador, mas a legislação não
permite.
(Aparte
antirregimental da Ver.ª Fernanda Melchionna.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Não, porque o prédio já foi feito. Então nós estamos permitindo que se
faça um elevador pelo lado de fora, para dar acesso aos cadeirantes, a quem
precisa. Acho que este veto foi de pouca leitura. Se este veto for mantido,
Ver. Bernardino, eu me comprometo, junto com V. Exa., de fazermos um projeto
que dê às pessoas com necessidades especiais o direito de subir alguns andares
sem precisar ser carregadas, que elas tenham o direito de subir por um
elevador. Isso não é um absurdo, não tem técnica, não afronta ninguém. Essa justificativa
é furada, eu vou votar pela derrubada do veto.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir o PLE nº 024/14, com Veto Parcial.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, e aí vem dezembro!
Esse é mais um projeto de dezembro, o qual nós discutimos, debatemos, me lembro
que vários Vereadores – Ver. Bernardino, Ver. Idenir Cecchim, eu e outros
Vereadores – subiram à tribuna, e esta emenda foi discutida com o Governo.
Quero lembrar aos colegas Vereadores que alguns
conjuntos de edifícios em Porto Alegre, hoje, não possuem só alguns moradores
deficientes, mas são habitados em grande parte por idosos. Vou dar o exemplo do
bairro Jardim Leopoldina: há um conjunto grande de prédios que tem quatro,
cinco andares, e uma grande parte da sua população é de idosos. Meus pais moram
no Leopoldina; meu pai faz hemodiálise três vezes por semana, mora no terceiro
andar – está tentando trocar por um apartamento térreo – e tem dificuldade de
descer para ir para a hemodiálise, assim como centenas, posso dizer milhares de
moradores do Leopoldina. Aí o condomínio não tem autorização de botar um
elevador pelo lado de fora, o que facilitaria a vida de centenas, milhares de
moradores.
Também posso citar o conjunto de prédios que tem na
Av. Bento Gonçalves, no posto de atendimento do INPS; posso citar, também na
Av. Bento Gonçalves, o famoso “pombal”; posso citar o IAPI; posso citar vários
conjuntos antigos de blocos e apartamentos em Porto Alegre, de quatro ou cinco
andares, que, na época, não tinham elevadores. Hoje, temos morando nesses
locais deficientes e uma grande quantidade de idosos, que têm necessidade da
Emenda nº 11. Então, realmente, eu acho que os técnicos que estudaram o projeto
e que vetaram a Emenda nº 11, encaminhando para o Prefeito, não leram a
essência social da emenda. A Emenda nº 11 busca dar dignidade às pessoas, para
que possam ter acesso, para que possam sair de dentro de suas casas com dignidade;
para que os seus condomínios possam se reunir e colocar elevadores do lado de
fora dos prédios, dando condições para as pessoas saírem de dentro das suas
casas, para não ficarem presas nos seus edifícios.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Clàudio Janta. Inclusive, não
traz despesa para o Executivo, só diz que vai ter um tratamento diferenciado,
que ele vai regrar, porque os prédios já construídos há mais tempo têm
dificuldades para se adequarem à legislação que está vigorando hoje, então V.
Exa. tem razão. Em toda a cidade de Porto Alegre – aliás, em todo o Brasil e em
todo o mundo é assim –, se busca uma exceção em razão dessa situação de prédio
já comprovadamente antigo, e não é obrigatório. V. Exa., muito obrigado pelo
apoio.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Então eu venho fazer esse apelo aos nobres Pares, para que a gente
derrube esse veto em favor dos aposentados, em favor dos deficientes que moram
no Parque dos Maias, que moram nos bairros Sarandi, Restinga, Lindóia, Nonoai,
que moram em vários prédios da nossa Cidade com mais ou com menos de 20 anos
que não tiveram a oportunidade de ter elevador. Isso não tem ônus
nenhum para a Prefeitura, não é inconstitucional, não é nada! Simplesmente,
acho que os técnicos se passaram. Essa Emenda nº 11... (Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.) (Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)
...dignidade e um combate à inclusão, um combate ao encarceramento das pessoas
idosas com dificuldade de se locomoverem e aos deficientes na cidade de Porto
Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação
nominal o PLE nº 024/14, com Veto Parcial. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o projeto por 13 votos SIM e 15 votos NÃO. Mantido o Veto Parcial.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1896/14 – VETO
TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/14, de autoria do Ver. Delegado Cleiton,
que estabelece procedimentos a serem adotados para o descarte de embalagens de
produtos saneantes desinfestantes de uso restrito por empresas especializadas
no controle de pragas e vetores urbanos.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela rejeição do Veto Total (empatado).
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 03-03-16 (quinta-feira).
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o
PLL nº 179/14. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLL nº 179/14.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Em primeiro
lugar, eu quero cumprimentar o Ver. Delegado Cleiton pelo projeto, um projeto
que estabelece procedimentos a serem adotados para o descarte de embalagem de
produtos saneantes, desinfetantes de uso restrito por empresas especializadas
no controle de pragas e vetores urbanos. E ficam, os importadores, e/ou
fabricantes obrigados a criar postos de recebimento dessas embalagens pelos
riscos que elas podem trazer ao meio ambiente e mesmo riscos aos trabalhadores
que trabalham, heroicamente, nos nossos galpões de reciclagem e informar na
embalagem desses produtos o endereço desses locais de coleta.
Com o projeto do Ver. Delegado Cleiton, as empresas
e os fabricantes ficariam
responsáveis a fazer a destinação final ao meio ambiente adequadamente, lavar
para desintoxicar, desinfetar, enfim, essa embalagens. Esse projeto
extremamente meritório que, inclusive, previa multa no caso de descumprimento
também foi vetado, Ver. Bernardino Vendruscolo, bem como a sua emenda que
previa a possibilidade de que pessoas idosas, muitas vezes, pessoas com
deficiência que têm dificuldade de locomoção possam garantir, no seu prédio, um
elevador para fazer esse deslocamento, evidentemente passando pelos órgãos
técnicos da Prefeitura, com todo o acompanhamento necessário para que a
construção do elevador não apresente riscos.
Então, eu venho a esta tribuna porque sempre
critico, Ver. Idenir Cecchim, quando o Governo veta os projetos da oposição, e
eu quero criticar o Governo quando veta os projetos da base, porque o projeto
meritório do Ver. Delegado Cleiton teve o nosso voto favorável. Nós, do PSOL,
quando o Governo manda bons projetos – o problema é que o Governo manda muito
poucos projetos bons –, quando são meritórios, têm o nosso voto favorável.
Porque o que é melhor para a população de Porto Alegre tem o apoio do PSOL,
independentemente da autoria. Agora, essa prática sistemática de desrespeitar
as contribuições do Parlamento para melhoria da Cidade de Porto Alegre é
lamentável por parte do Governo Fortunati.
O próximo veto é ao projeto do Ver. Airto
Ferronato, projeto muito bom, organizado com a luta dos trabalhadores e
trabalhadoras da Lomba do Pinheiro. Quando nós aprovamos o projeto, foi um dia
de vitória na Câmara, de galerias lotadas – o povo comemorou. Mas basta ir para
o Governo sancionar que nós temos que lidar com esses vetos intermináveis, Ver.
Prof. Alex Fraga.
O
último veto interminável, Ver. Idenir Cecchim, foi um projeto de minha autoria
com o Ver. Mendes Ribeiro, o qual melhorou cem por cento com uma emenda que fez
obrigando a questão da transparência também de patrocínios, o que é importante
no caso do uso das verbas da Prefeitura para publicidade. Nós estamos em tempo
de lei de acesso à informação pública, em tempo de busca por transparência
sistemática dos governos. Nós aprovamos esse projeto que era de minha autoria e
do Ver. Pedro Ruas, com a contribuição do Ver. Mendes Ribeiro; portanto, nem
era apenas um projeto do PSOL, era um projeto coletivo, e o Governo também vetou nas
férias.
Quarta-feira,
vamos votar, e aproveito para usar esta tribuna para pedir os votos das
Vereadoras e Vereadores conosco para derrubar este veto ao projeto meritório do
Ver. Delegado Cleiton, para derrubar o veto ao nosso projeto meritório, que diz
respeito à questão do direito à informação, do direito à população em saber
quanto está sendo gasto nas festas publicitárias, porque o dinheiro é público.
No caso das eleições, todos sabem que, quando um candidato compra em espaço no
jornal, tem que botar corretamente quanto gastou com aquele espaço – isso que é
dinheiro de campanha de cada candidato. E por que a Prefeitura, Governo, que
gasta dinheiro público, não tem de informar quanto gastou naquela peça
publicitária? Esse tempo de informações guardadas a portas fechadas, chaveadas,
lacradas é medieval. Nós esperamos que consigamos derrubar o veto porque o
direito à informação e de transparência é um direito de todos, cidadão e cidadã
da cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação
nominal o PLL nº 179/14, com Veto Total.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO
o projeto por 07 votos SIM, 18 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Mantido o Veto Total.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: Vereadores e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2362/15 – VETO
TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 232/15, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
institui como área de preservação ambiental e sociocultural, com manejo
sustentável, o terreno de propriedade da Prefeitura Municipal de Porto Alegre
localizado na Estrada João de Oliveira Remião, 5088, Bairro Lomba do Pinheiro,
e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Mendes Ribeiro: pela manutenção do Veto Total.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA
– art. 77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 03-03-16 (quinta-feira).
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PLL nº 232/15, com Veto Total. (Pausa.) O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para discutir o PLL nº 232/15, com Veto Total.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde a todos e
todas. Sr. Presidente, como não está aqui o Ver. Airto Ferronato, é dele a
autoria do projeto, talvez fosse importante nós termos a análise da derrubada
ou não do veto com a presença do próprio autor.
Subo à tribuna para
reforçar, porque, enquanto Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente em
2015, chegamos a fazer reuniões lá na horta comunitária da Lomba do Pinheiro,
que é muito mais do que uma
horta, é um espaço onde várias iniciativas da comunidade estão presentes. Lá as
pessoas se dedicam não somente ao cultivo de plantas medicinais, mas também ao
cultivo de hortaliças. É um espaço comunitário, de encontros e de terapias, eu
diria, como foi colocado pelas próprias pessoas que estiveram aqui em dezembro.
A comunidade se mobilizou, estavam aqui a Lourdes, o Giovani e tantas outras
lideranças comunitárias da Lomba do Pinheiro, e aplaudiram, de pé, a aprovação
deste projeto.
Eu estava terminando de ler as razoes do veto do
Prefeito, que quero comentar depois, mas o projeto institui como área de
preservação ambiental e sociocultural o terreno de propriedade da Prefeitura de
Porto Alegre, localizado na Estrada João de Oliveira Remião, 5.088, bairro
Lomba do Pinheiro, e determina a preservação das construções dos equipamentos
existentes no terreno. Então, resumindo aqui algo que se arrastou durante bom
período do ano passado, que foi quando um projeto tramitou com a iniciativa de
passar uma rua por dentro da horta comunitária da Lomba do Pinheiro. Esse era o
nó da questão: um empreendimento ali instalado, e essa visão rodoviarista de
cidade, que chega ao ponto de destruir... Não passaria exatamente por dentro,
mas ao lado da horta comunitária da Lomba do Pinheiro. Chegamos a fazer
reuniões, como eu falei antes, da COSMAM, lá no local. Essa horta é protegida
por uma espécie de um cinturão verde.
Pois
bem, como o projeto precisava da aprovação no Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental, o Secretário Valter Nagelstein, da SMURB,
chegou a retirá-lo de pauta, mas depois acabou inserindo-o na pauta e ele
tramitou com essa possibilidade da construção de uma rua. Então, este projeto
do Ver. Ferronato, que atende a uma demanda da comunidade, vem para preservar o
local como está, inclusive as emendas que apresentamos aqui, bem explícitas,
impedindo a abertura de ruas no local, foram aprovadas aqui pela Câmara. Eu
estava lendo aqui, porque sempre temos que dar uma chance, digamos assim, às
razões que o Prefeito apresenta, mas o argumento, eu diria, é sem conteúdo
político, porque a questão política é se o Prefeito deixará ou não fazer uma
rua e destruir a horta comunitária da Lomba do Pinheiro. E a justificativa,
baseada num parecer da SMAM, é que há dois tipos de área de preservação: as
áreas de preservação e as unidades de conservação, que nenhuma das duas se
adequaria à situação local. E não vem a resposta, Ver. Tarciso, se vai deixar
ou não fazer a rua e acabar com a horta comunitária da Lomba do Pinheiro. Esse
é o problema das razões do veto do Prefeito, ou seja, traz uma argumentação –
entre aspas – técnica e não enfrenta o problema. Então, rejeita o projeto e a
comunidade; agora, com a aprovação aqui na Câmara tinha alguma certeza de que a
horta seria mantida, a incerteza voltará. Então, nós comunicaremos às
lideranças que temos relação para que, de novo, comecem um processo de
mobilização, porque o Prefeito aqui veta o projeto. Se aqui estivesse escrito e
assinado pelo Prefeito de que não passará uma rua na horta, já seria alguma
garantia, mas não a temos. As razões do veto terminam sem dizer nada, diz
simplesmente que não se pode fazer uma área de preservação ambiental, nos
termos da lei, e nenhuma unidade de conservação – é isso que o veto diz e não
diz nada, porque o que se está discutindo aqui não é uma questão técnica em
qual tipo de área de preservação fazer, e, sim, manter uma horta comunitária, que
foi uma conquista da comunidade. Então, vamos rejeitar o veto e vamos dar um
pouco de conforto à comunidade que tanto lutou por esse espaço. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Prof. Alex fraga está com a palavra para
discutir o PLL nº 232/15, com Veto Total.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde, senhoras e senhores que acompanham os trabalhos na tarde de
hoje; Sr. Presidente, Ver. Cassio Troigildo; Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; eu tive a oportunidade de, recentemente, conhecer e poder vivenciar
um pouco da realidade da Lomba do Pinheiro. Como professor da Rede Municipal de
Ensino, trabalhei na parada 18, na Escola Sant’Hilaire, durante um bom período
e percebi que a comunidade da Lomba do Pinheiro tem as suas próprias
particularidades. Essa comunidade fez uma movimentação pedindo para que esta
Casa – e a movimentação foi bastante volumosa – impedisse que houvesse uma
mudança significativa no local onde eles vivem. Os Vereadores desta Casa foram
sensibilizados, votaram favoravelmente ao projeto do Ver. Airto Ferronato,
houve bastante comemoração das partes envolvidas e o projeto é remetido para a
sanção do Prefeito. O Prefeito coloca algumas razões do veto, e, como bem
destacado pelo Ver. Marcelo Sgarbossa, ele traz alguns argumentos técnicos com
relação a áreas de preservação ambiental.
Senhoras e senhores, nós temos uma região em Porto
Alegre que tem características muito particulares quanto à questão da
insegurança, à questão da falta de equipamentos públicos, à questão da falta de
espaços de socialização que a Lomba do Pinheiro não tem. Essa região sempre foi
bastante relegada, portanto apresenta um alto grau de vulnerabilidade social. A
horta comunitária pertence àqueles habitantes, àquela população, e o que eles
estão pedindo, e, pela voz e caneta do Ver. Airto Ferronato, foi colocado nesta
Casa, é que o seu espaço seja respeitado. Mas, pelo visto, a gestão desta
Cidade encabeçada pelo Prefeito José Fortunati não tem a menor sensibilidade
para perceber que o espaço que a população quer, o espaço que a população
cultiva temperos, ervas, chás, esse espaço, para o Prefeito, não tem o menor
valor, não tem a menor importância. Ou seja, ele demonstra total e completa
falta de respeito com relação aos habitantes desta Cidade. E, em especial, de
uma região periférica e que não recebe o devido valor, o devido respeito e o
devido investimento por parte desta Cidade.
Eu peço que os Vereadores sejam mais sensíveis do
que o Prefeito José Fortunati e derrubem o veto, visto que o Ver. Airto
Ferronato é um Vereador que, até pouco tempo atrás, era Líder do Governo nesta
Casa Legislativa, portanto não deveria estar tão fora de sintonia com o
Executivo. Ele – Airto Ferronato – pertence à base governista, portanto eu não
vejo, senhoras e senhores, a razão desta Câmara de Vereadores acatar este veto.
Deixemos que a população decida o que será feito do seu entorno, respeitemos a
decisão da comunidade. Por favor, senhoras e senhores, pensem um pouquinho: a
quem pertence aquele espaço? Ao executivo ou à população que mora, à população
que cultiva, à população que colhe esses gêneros alimentícios e os utiliza no
seu dia a dia?
Uma boa tarde a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
discutir o PLL nº 232/15, com Veto Total.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta
tribuna dizer que somos absolutamente favoráveis ao projeto do Ver. Airto
Ferronato e, naturalmente, contrários a esse veto, uma vez que ele mostra um
desconhecimento total do significado de transversalidades em políticas
públicas. O mesmo Governo que está vetando é o Governo que aceitou desta Casa o
projeto de nossa autoria de políticas de plantas medicinais, aromáticas,
condimentares e fototerápicas. Aliás, com aprovação da Zona Rural, que foi
importantíssima, participei da comissão; o atual Presidente da CMPA foi o
Presidente da Comissão Especial da Zona Rural, e a semana passada já
conversamos com todos que contribuíram para o estabelecimento da Zona Rural em
Porto Alegre, dialogando a partir do Fórum Social Mundial sobre um arranjo
produtivo local, com a participação do Ministério da Saúde, da Comissão
Intersecretarial do Estado do Rio Grande do Sul – foi uma lei de nossa autoria
e, quando Secretária de Estado de Meio Ambiente, do Governo Tarso, nós
começamos a implantação –, já dialogando com o Município de Porto Alegre para a
implantação desse arranjo produtivo local. Eu estou trazendo essa política para
dizer por que queremos derrubar esse veto. Colocamos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias aporte de recursos para haver contrapartida para ter arranjo
produtivo local de plantas medicinais, fazendo a transversalidade com saúde,
com educação, com meio ambiente, com produção saudável de plantas medicinais,
aromáticas, condimentais, de alimentos e com a
política nacional. O objeto desse espaço construído foi pela sociedade na Lomba
do Pinheiro, com a participação, inclusive, da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, com professores que foram meus professores, alguns, e outros, no
diálogo que travamos durante o nosso processo dentro daquela instituição, para
o significado de espaços nos Municípios, para esses arranjos produtivos, locais
de plantas medicinais, fitoterápicas e de hortas comunitárias. Ali é uma horta
comunitária e ali também é um horto comunitário, porque também tem plantas
medicinais. É a concepção elevada do que dizia o pai da Medicina, Hipócrates:
“Seja o teu alimento o teu remédio, seja o teu remédio o teu alimento”. Ali é a
perspectiva de uma cadeia produtiva, geradora de emprego, geradora de renda,
como vai ser a nossa Zona Rural, com uma política como essa. Então, como é que
nós vamos aceitar um veto de um projeto que institui uma área que dialoga com
preservação ambiental, dialoga de forma sociocultural, com manejo sustentável,
com alimentação, com a perspectiva de uma opção terapêutica para a população de
Porto Alegre, num momento como este que nós já temos gravado na Zona Rural e em
que temos um espaço estratégico para a construção de um arranjo produtivo do
local, com aporte de recursos do próprio Ministério da Saúde, que coordena a
política interministerial de plantas medicinais e fitoterápicas?
Eu creio que é um
erro esse veto do Sr. Prefeito, mostra a falta de integração e desconhecimento
do significado do que é aquela horta e aquela perspectiva de horto para fazer
esse diálogo da comunidade com as políticas públicas que aquela comunidade
construiu e tanto precisa. Então, esta é nossa intervenção. Nós vamos votar
contra esse veto, a favor, mais uma vez, do projeto do Ver. Airto Ferronato,
porque ele é bom para a cidade de Porto Alegre, ele gera emprego, gera renda,
gera a preservação ambiental e muita participação popular. Acho que o Prefeito
não está atentando para o fato das políticas públicas para uma gestão
que dialoga com a sociedade, com aquilo que a sociedade produz, essas políticas
públicas, nas suas transversalidades, trarão, inclusive, aporte e dinamização
para a economia da cidade de Porto Alegre. É um erro este veto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para
discutir o PLL nº 232/15, com Veto Total.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde, Presidente desta Casa, Ver. Cassio Trogildo; Vereadores e
Vereadoras. A Ver.ª Jussara e o Ver. Marcelo compõem a Comissão de Saúde e Meio
Ambiente, que recebeu essa preocupação em relação à horta comunitária da
comunidade, e rapidamente nós construímos junto com o Ver. Ferronato um projeto
de lei para que pudéssemos preservar aquela área. Na avaliação do Governo
Municipal, nós tínhamos alguns problemas técnicos e de redação, principalmente,
Ver.ª Jussara. O que o Governo fez? Entrou em contato com o Ver. Ferronato,
explicou para ele os motivos do veto, e o Ver. Ferronato, competente como é,
Líder do Governo como era, Ver. Alex, como tu colocaste, apresentou um novo
projeto hoje e já está protocolado, criando naquela área uma área de proteção
do ambiente natural, para dar tranquilidade aos Vereadores desta Casa e
principalmente à comunidade da Lomba do Pinheiro. Então, podem ficar tranquilos
em relação àquela área, o projeto já foi protocolado pelo Ver. Ferronato,
criando, naquela área, a área de proteção do ambiente natural, Ver.ª Jussara.
Ver.
Cecchim, o senhor falou que gostaria de se manifestar, acho importante e faço
questão de ceder um aparte ao senhor, para que possa fazer sua manifestação em
relação à Lomba do Pinheiro.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Eu acho que o Município de Porto Alegre tem o Centro Agrícola Demonstrativo, que tem todas essas árvores medicinais, por isso é um
centro agrícola demonstrativo – inclusive, tem o mel ecológico, uma cooperativa
de produtores de mel. E tem o relógio da vida, com as ervas medicinais que o
formam, lá na Lomba do Pinheiro, também. Eu acho que este diálogo pode
compensar aquilo que não está se dando neste projeto.
O SR. KEVIN KRIEGER: Muito obrigado, Ver.
Cecchim.
O Sr. Marcelo Sgarbossa: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Kevin Krieger, V. Exa. menciona que o
Ver. Ferronato já protocolou um projeto do qual eu gostaria de ter
conhecimento. Nós aprovamos a Emenda nº 04, que, dentre outras questões, diz o
que é o cerne da questão, ali que tudo começou. Nós aprovamos a emenda que diz
que fica impedida a abertura de vias para o trânsito de veículos automotores na
área estabelecida pelo caput do art.
1º desta lei. Eu lhe perguntaria se neste novo projeto do Ver. Ferronato fica
expressamente constando a proibição de abertura de ruas nessa área que o
Vereador deve denominar no seu novo projeto.
O SR. KEVIN KRIEGER: Nós vamos com
certeza, Ver. Marcelo, fazer a avaliação. O projeto foi protocolado às
15h35min, ou seja, há minutos, mas, sem dúvida nenhuma, como nós temos feito um
trabalho de conversa e diálogo nesta Casa, vamos fazer esta conversa e diálogo
como fizemos no projeto anterior, que era um pedido da comunidade. Nós,
tranquilamente, sentaremos e conversaremos com o Ver. Ferronato para ver se as
emendas que foram protocoladas e aprovadas anteriormente podem vir a ser
protocoladas novamente. Então, para dar tranquilidade à comunidade da Lomba do
Pinheiro, nós manteremos a nossa palavra e o Prefeito Fortunati, mais uma vez,
firma com a sua palavra para a nossa comunidade da Lomba do Pinheiro.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o
PLL nº 232/15, com Veto Total. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 232/15, com Veto Total.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, o Ver. Kevin Krieger já trouxe aqui a solução
dada pelo veto, e o Ver. Comassetto faria o encaminhamento. Eu vim apenas, em
nome da nossa bancada, dizer que nós acompanhamos todo o desenvolvimento da
Horta Comunitária, na sua primeira fase, quando do projeto Fome Zero do Governo
Federal, ainda no Governo Lula, quando a política era a de apostar na autonomia
das comunidades, apostar numa segunda etapa, que era nas cozinhas comunitárias,
tanto na produção de alimento em hortas comunitárias, nos espaços, terrenos,
áreas baldias ou públicas possíveis de serem utilizadas; depois, na segunda
etapa, a produção de alimentos nas cozinhas, tanto para alimentação mais barata
quanto para uma produção que visasse à formação de homens e mulheres para essa
área de alimentos, a formação técnica, a produção alimentar, o tratamento dos
alimentos, o uso de talos, alimentação saudável. Acho que era um projeto
extremamente bonito, mas que, infelizmente, teve um vácuo importante, uma não
realização por parte dos municípios em geral. Aqui em Porto Alegre, as 17
cozinhas comunitárias, na sua maioria, ficaram inoperantes, algumas ainda não
são utilizadas porque, de fato, os municípios não conseguiram assumir políticas
de manutenção, de apoio, de estruturação, de ajuda para gás, ajuda para insumos
fundamentais, para fazer com que esse circuito do Fome Zero, de fato,
acontecesse.
Por que eu recupero isso? A horta comunitária, Ver.
Marcelo Sgarbossa, foi visitada pela COSMAM, no ano passado, pelos Vereadores
Jussara Cony, Prof. Alex Fraga. Ela sofreu uma derrocada, desapareceu, virou um
nada aquele lugar, que era para ser um Centro Cultural. Então, é importante que
a gente aqui diga que a nossa Bancada, de qualquer modo, simbolicamente, vai
votar contra o Veto, mas vai apoiar, incrementar a tramitação rápida do novo
projeto, porque houve um esforço muito importante naquela comunidade para a
retomada da horta comunitária, para a produção de sabão, para a venda de mudas.
Há uma luta para que aquele Centro Cultural, de fato, cumpra a sua finalidade.
Tão difíceis são as conquistas quando não há, depois, a manutenção, quando não
há a política permanente depois. A cedência de um professor para aquela área
faz toda a diferença. Isso é muito importante. Isso também é uma aprendizagem
que temos que ter. Não adianta abrir um espaço, seja um espaço comunitário,
seja um espaço de praça, de parque, se não provermos de pessoal o centro de
informática, os telecentros, se não provermos público. O Estado não garante
minimamente um professor, ou um profissional da área, ou um técnico, ou um
estagiário, um núcleo permanente sistemático que seja aquela base para a
comunidade criar a sua organização social.
Então está de parabéns a Lomba do Pinheiro por
fazer ressurgir a horta comunitária, e eu espero que este Veto, que este tempo
para aprovar a garantia de que aquela área não vai se tornar uma rua, não os
desanime, não tire o brilho, o brio, o esforço que aquela comunidade faz para,
de fato, a gente ter exemplarmente hortas comunitárias funcionando e integradas
com a educação, integradas com a produção cooperativada, com a produção
ecológica, com a produção de chás, ervas, com a produção de saúde; ligadas,
portanto, às nossas Equipes de Saúde da Família, ligadas às nossas escolas e
com a economia solidária de cada região. Só esse sistema integrado dessa
maneira pode nos ajudar a construir vida e resistência, inclusive, à violência.
Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal o PLL nº 232/15, com Veto Total.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO o projeto por 07 votos SIM,
13 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Mantido o Veto Parcial.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2841/15 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 008/15, de autoria da Comissão de Economia,
Finanças, Orçamento e do Mercosul, que aprova as contas do Município de Porto
Alegre referentes ao exercício de 2012.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato:
pela aprovação das Contas de Governo – Exercício de 2012.
Observações:
- parecer do Tribunal de Contas favorável à aprovação;
-
para aprovação: maioria simples; para rejeição: são necessários dois terços de
votos dos membros da CMPA, nos termos do art. 124 do Regimento da CMPA;
-
prazo para votação nos termos do art. 122 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 21-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em discussão o PDL nº
008/15. (Pausa.) O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para discutir o PDL
nº 008/15.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e
Vereadoras, senhoras e senhores, toda e qualquer discussão pelos parlamentos ou
pelos Tribunais de Contas da prestação de contas dos Governos, Ver.ª Jussara
Cony, é um documento político, e este não poderia deixar de assim ser também.
Mas quero aproveitar a oportunidade aqui para fazer alguns comentários sobre os
apontamentos que o Tribunal de Contas fez com relação à Administração do
Prefeito Fortunati.
Primeiro, o Tribunal
de Contas intimou o Prefeito José Alberto Réus Fortunati para sanear a
irregularidade de representação e fazer a imposição de multa ao Prefeito pelo
não atendimento da Lei Complementar nº 101/2000. Passo a ler o seguinte, e isto se trata da manutenção e do desenvolvimento do ensino com a locação
insuficiente de recursos à Educação Infantil. É sobre esse tema que eu quero
aqui tratar. O Tribunal de Contas do Estado diz: “Mesmo com os recursos de
manutenção e desenvolvimento do ensino e do Fundeb, os valores investidos se
revelaram insuficientes para o cumprimento das metas do Plano Nacional da Educação para a Educação Infantil
de Porto Alegre. Em 2012, faltaram 9.494 vagas nas creches e 8.677 vagas na
pré-escola, totalizando [a falta de vagas em Porto Alegre em 2012] 18.171 vagas
na Educação Infantil. O recurso e investimento
insuficiente em Educação Infantil não asseguram a prioridade dos direitos da
criança e resultam em perdas no repasse do Fundeb ao Município de Porto
Alegre”.
Então, colegas Vereadores e Vereadoras, educadores e educadoras que trabalham com
crianças, nós precisamos fazer uma reflexão a respeito da prestação de contas. Eu volto a dizer aqui que toda a prestação de
contas, Ver. João Bosco Vaz, é um instrumento de análise
política, e assim é tratado pelos Tribunais e pelos Legislativos. Nós não
deixamos de analisar aqui os apontamentos, para poder fazer essa discussão. As
escolas infantis do Município que têm convênio com o município de Porto Alegre estão batendo aqui nas nossas portas em função
dos repasses insuficientes dos recursos para a Educação
Infantil. O Tribunal aqui aponta que, em 2012, faltaram 19 mil vagas para a
Educação Infantil em Porto Alegre. Nós todos aqui defendemos um processo de
inclusão através da educação. E aqui eu tenho ouvido discursos de Vereadores e
Vereadoras de todos os partidos no sentido de que educação é prioridade, e este instrumento trazido aqui, neste momento, que é a
prestação de contas e análise do Tribunal de Contas do
Estado, está dizendo que Porto Alegre está em dívida com a Educação Infantil.
Senhoras e senhores,
nós fazemos uma reflexão sobre esse tema, uma análise sobre esse tema. Nós aprovamos
recursos, e esses recursos não foram repassados conforme o Orçamento. Tem que
ser repensada a política da Educação Infantil. E aqui eu volto a fazer a
denúncia: lá na Restinga, em aliança com André Seixas, que é conselheiro, estão
manipulando as verbas da educação para a Educação Infantil. Isso tem que ser
tratado com seriedade, ou nós aceitaremos aqui o que está sendo conduzido,
neste momento, com a Educação Infantil. Então, eu quero trazer esse debate
aqui, que o Tribunal aponta...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ENGº
COMASSETTO: ...Sr. Presidente, as palavras que estão aqui não
são minhas, são do Tribunal de Contas, de um grande conselheiro que foi o
Adroaldo Loureiro, que todos nós aqui já registramos não só o seu trabalho mas
também o valor que teve para o Rio Grande do Sul na política. Ele mostra, com
muita clareza, os investimentos insuficientes na Educação Infantil, algo que fez
com que, em 2012, faltassem 18.171 vagas, e isso continua na política
municipal. Prezado Ver. Nereu, prezado Ver. João Bosco Vaz, o PDT sempre
defendeu a educação como prioridade, e o Fortunati, pelo que eu sei, ainda é do
PDT. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda
Melchionna está com a palavra para discutir o PDL nº 008/15.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a
todos e a todas. Casualmente, hoje de manhã, estávamos num debate sobre a
questão das finanças municipais – eu, a Ver.ª Sofia e o Ver. Kevin Krieger. Há
dois temas que são muito importantes e que nós, neste momento de avaliação das
contas de 2012, não podemos deixar de apontar. Primeiro, a necessidade de a
Câmara fazer sempre a avaliação das contas do Governo. Nestes sete anos em que
eu estou aqui, é a primeira conta do Governo que a Câmara vai votar. Isso é
bastante importante no sentido de ampliação do controle social e da perspectiva
de garantir com que se possa analisar os investimentos públicos ou a falta de
investimentos públicos.
Segundo, nós fizemos
um debate muito sério combatendo o Prefeito Fortunati e o
Vice-Prefeito Sebastião Melo no que diz respeito ao que foi dito numa
entrevista concedida, de que se cogitava parcelar o salário dos municipários e
das municipárias. Os salários dos servidores, para nós, é sagrado. Antes de
discutir ou sequer pensar num ataque dessa maneira, o Prefeito poderia começar
cortando os CCs – prometeu que ia cortar 30% há dois anos, e nada foi feito –,
cortar os privilégios, o uso de diárias, diminuir o gasto com combustível,
diminuir uma série de gastos que não tem correspondência com as necessidades da
nossa população.
O segundo tema é justamente o superávit do ano
passado, que o Governo Fortunati/Melo anunciou em janeiro deste ano, numa
coletiva, que foi de R$ 265 milhões e que, portanto, a Prefeitura de Porto
Alegre estava passando incólume pela crise econômica pela qual passa o Brasil.
Crise econômica esta aprofundada pelas receitas neoliberais dos governos que
atacam os direitos dos servidores, gerando mais arrocho salarial, gerando mais
dificuldades para as populações e, ao mesmo tempo, que cortam verbas nas áreas
sociais, gerando danos irreparáveis à população. Hoje o jornal Zero Hora
publicou uma matéria mostrando que em 16 Municípios vários estudantes não
conseguem ir à escola, porque o Governo Sartori acabou com o convênio para o
transporte escolar. Eu acabo de receber uma moça que foi desligada do programa
Vou à Escola, sem receber sequer uma comunicação da SMED, e que pode ficar sem
possibilidade de transporte escolar. Então, essas receitas neoliberais – o
“austericídio”, como eu digo – são, na verdade, uma tentativa de repassar a
crise para as costas dos trabalhadores, gerando mais crise social e mais crise
econômica, com aumento da taxa de juros, com aumento do endividamento da
população e com uma taxa de desemprego recorde no nosso País – há 20 anos nós
não tínhamos uma taxa de desemprego tão grande. É óbvio que isso tem
repercussões nos Municípios, portanto é preciso enfrentar a crise de frente,
enfrentar o interesse das elites, auditar a dívida pública, baixar a taxa de
juros – porque eles dizem que a crise é de todos, mas os bancos têm tido lucros
recordes enquanto os trabalhadores estão desempregados –, taxar as grandes
fortunas, como diz a Constituição, e, sob o ponto de vista dos Municípios,
acabar com o superávit de fachada. Com o próprio Carlos Casartelli, suplente de
Vereador desta Casa, quando ele era Secretário da Saúde, nós tivemos dezenas de
enfrentamentos, mas ele foi demitido pela rádio por dizer, ao vivo, no ar, que
não era verdade o superávit da Prefeitura, que era de fachada, que o dinheiro
da saúde estava sendo contingenciado, gerando um verdadeiro caos na saúde
pública municipal.
Além disso,
existe um descompasso entre o que nós votamos no Orçamento desta Casa e o que,
de fato, é executado pelo Governo. Programas, Ver. Paulo Brum, como as
políticas de acessibilidade sempre têm a sua verba contingenciada; e são
recursos que poderiam tornar Porto Alegre uma cidade acessível às pessoas com
deficiência. Programas voltados à saúde da mulher e à defesa e promoção das
políticas de prevenção das mulheres vítimas da violência têm contingência de
verbas; projetos de defesa da população LGBT têm cortes por parte do Governo e
não são, na sua plenitude, executados. Nós temos esse posicionamento com
relação à peça de ficção que o Governo Fortunati/Melo transformou o Orçamento
Municipal. Coloco aqui a opinião crítica da bancada do PSOL quanto ao exercício
das contas de 2014 e à necessidade de aumentar a fiscalização em cada um dos
anos subsequentes.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para discutir o PDL nº 008/15.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ouvi a fala
do Ver. Comassetto dizendo que o Tribunal de Contas apresentou o relatório
mostrando que há uma defasagem grande na Educação Infantil. Conversando agora
com a Secretária de Educação, ela me informou que o Tribunal de Contas está
apanhando o censo de dez anos atrás para fazer essa apreciação e que não há
nenhum apontamento sobre Ensino Infantil ou sobre educação no Município de
Porto Alegre. Ao contrário, o Município vem colocando em
Educação a verba de, em média, 28% ao ano, quando a Constituição obriga 25%. Ou
seja, o Município está contribuindo fortemente com a educação.
Acho que todos os
Vereadores receberam um convite para a inauguração, no dia 2, da Creche na Moab
Caldas, com 120 vagas, pegando toda a zona da Vila Cruzeiro, eu a estive
visitando na semana passada. E, em março, estará sendo inaugurada a creche no
Loteamento Alegra, junto à Rua Raul Cauduro, uma escola de ensino infantil de
Primeiro Mundo. Em maio, também, será inaugurada a escola de ensino infantil na
Rua Alcides Maia, no Jardim Leopoldina, de Primeiro Mundo.
A CEFOR analisou esse
projeto e viu que as contas do Município de 2012 estão aptas a serem aprovadas
por esta Casa. Aliás, gostaria de deixar muito claro que a educação é
prioridade no nosso Município. E também estamos aplicando valores acima do
limite constitucional.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir o PDL nº 008/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, é uma das primeiras vezes que analisamos as
contas de uma Prefeitura, para ver – como primeira observação – como é lenta a
avaliação do Tribunal de Contas, que faz a auditoria das contas, notifica a
Prefeitura, e a Prefeitura responde. Nós estamos avaliando aqui as contas de
2012, quatro anos depois, mas vale a pena, chama a atenção o tema da educação
infantil que o Tribunal de Contas vem acompanhando há alguns anos.
E o que o Ver.
Comassetto leu aqui, de fato, são informações que fazem parte do relatório
geral da consolidação das contas do Tribunal de Contas. E é muito importante...
O que diz aqui? Por que o Prefeito foi notificado? Porque a Prefeitura não
estava cumprindo as metas do Plano Nacional de Educação Infantil. E nós sabemos
que a educação infantil, a carga dos municípios, é uma educação mais recente, é
uma educação que não era obrigatória, é direito da criança, mas não era, até
início deste ano, até os cinco anos e nove meses, obrigatória a oferta da vaga.
E nós vínhamos numa progressiva construção de cobertura, e o Plano Nacional de
Educação Infantil, de agora, estabelece metas de zero a três, chegar a 50% das
crianças de zero a três, é berçário, é chamada a idade creche. Agora, a nova
legislação fala que, a partir de hoje, todas as crianças de quatro e cinco anos
precisam de uma vaga em escola. Então, esse tema da vaga na educação infantil
não é um tema novo, é um tema que o Tribunal de Contas vem estudando no Estado do
Rio Grande do Sul e Porto Alegre, apontando que há uma defasagem muito grande,
uma faixa etária que precisa de cuidado, atenção integral e estímulo para o
desenvolvimento integral.
A política de
conveniamento de creches na cidade de Porto Alegre passou a ser a principal
política de atendimento à educação infantil. E nós temos discutido isso muito
seguidamente nesta Casa. No ano passado funcionou durante todo o segundo
semestre a Comissão de Creches, a Concreches, e viu a dramaticidade que está
revestido esse revestimento. Imaginem sem ele! Vejam os dados que o Tribunal de
Contas aponta, obviamente, em 2012, faltaram 9.494 vagas em creche e 8.677 vagas na pré-escola, ou seja, quase 20 mil vagas na Educação
Infantil. Aqui o Tribunal de Contas afirmava: “O recurso e investimento
insuficiente em Educação Infantil não asseguram a prioridade dos direitos da
criança e resultam em perdas no repasse do Fundeb ao Município”.
Então, senhores, se
em 2012 nós tínhamos essa lacuna de quase vinte mil vagas, nós esperamos estar
entrando em 2016, vamos atualizar, com muito menos necessidades, até pelo
crescimento da Cidade, que não é mais tão alto, mas tem um grande desafio, que
vamos, agora, em março, ajudar o Governo a equalizar. Já sugeri à nossa
Comissão de Educação uma reunião com os Conselhos Tutelares para ver as listas
que estão chegando nos Conselhos, certamente os pais e mães nem sequer sabem
que os cinco e quatro anos têm direito à vaga a partir deste ano. Nós, em
função desse apontamento, vimos acompanhando esse tema, visitando.
Lembro, senhores, que
aprovamos nesta Casa, pelo segundo ano, dois milhões e meio em emendas para a
Educação Infantil, aprovamos a emenda do recurso que volta da Câmara no sentido
de ir para o Funcriança. Acho que a Câmara de Vereadores está fazendo o seu
papel, não tem como a bancada do PT aprovar as contas, vai votar contra em
função dessa prioridade da Educação Infantil, mas, para além da avaliação das
contas de 2012, a nossa preocupação é que, de fato, a gente possa ver mudanças
bastante profundas no atendimento à Educação Infantil. Faz toda a diferença na
infância de Porto Alegre.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
discutir o PDL nº 008/15.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Meu companheiro Ver. Engº Comassetto, quero dizer
que concordo com uma das primeiras falas que fizeste aqui: nós estamos fazendo uma análise política, o que deve ficar bem claro,
porque estamos estudando as contas e aprovando, ou não, as contas de 2012. A
Ver.ª Sofia Cavedon, minha companheira, também relata – estamos falando de
quatro anos atrás – a demora em aprovar, a demora em estudar. Nós não
precisamos nos perder nos números especificamente, e sim analisar do ponto de
vista político o que estaremos, dentro de alguns minutos, aqui votando.
Eu, sempre que posso,
sempre que me perguntam, tento desmistificar a ideia de que, por exemplo, na
CCJ, nós temos uma análise estritamente técnico-jurídica. Assim como não deve
ser na CEFOR – nunca fiz parte –, mas também se trata de uma comissão política.
É claro que não podemos extrapolar quando algo é notoriamente fora da nossa
competência. Mas eu já percebi, nesses três anos aqui nesta Casa, que há
matérias, Ver. Alex, para as quais alguns sobem à tribuna para achar um
argumento técnico. Porém quero lembrar que, no final do ano passado, nós
aprovamos aqui a criação de um órgão, de uma autarquia, se não me engano, uma
proposta do Ver. Janta...uma agência reguladora de serviços públicos. O
Vereador propôs a criação, que nós aprovamos, Ver. Janta... Aqui se diz que nós
não podemos mexer na administração e não podemos gerar custo para o Executivo.
O Prefeito veta projetos nossos dizendo que é custo para o Executivo, por
exemplo – um projeto nosso –, colocar uma identificação da Guarda Municipal.
Aquele pedacinho de pano, para o Prefeito, é um custo. E, ao mesmo tempo, a
Câmara aprova a criação de uma agência reguladora de serviços municipais, de
autoria de um Vereador.
Vejam que subir aqui
com um ar aparentemente técnico me parece ser um grande problema, porque
transmite para a sociedade que aqui fazemos uma análise técnica dos projetos,
nesse sentido mais limitado. Do ponto de vista das contas, que é o que nós
vamos aprovar aqui, o Governo tem atitudes esquizofrênicas, eu diria assim. Vi
há pouco uma entrevista do Vice-Prefeito Sebastião Melo dizendo que, lá no
Postão da Cruzeiro, até gostaria de colocar mais guardas municipais, mas não é
possível, porque a Prefeitura não tem dinheiro. A Prefeitura não tem dinheiro!
Esse é o mantra. Algumas semanas atrás, a Prefeitura havia comemorado que
fechou o ano com superávit. No final do ano passado, criou o InvestPoa – quero
fazer a lembrança aqui –, fazendo com que o Município entrasse no mercado de
capitais, emitindo títulos e dando em garantia o patrimônio público da Cidade.
Então, vejam: não temos recursos. Quando teve o tiroteio lá na Cruzeiro, o
Vice-Prefeito esteve lá – aliás, está em muitos lugares, recebeu delegação
total do Prefeito Fortunati, há quem diga que o Prefeito Fortunati praticamente
delegou a gestão ao Vice-Prefeito – e disse: “Olha, eu até gostaria de colocar
mais alguns guardas municipais, mas a Prefeitura não tem recursos”. Semanas
antes comemorou superávit. Então, nós temos dificuldades de entender e de
aprovar, por isso o nosso voto aqui é contrário, sem entrar num tecnicismo dos
números, e há uma frase importante da contabilidade, do setor da estatística:
“Você pode torturar os números até eles confessarem”. Você pode olhar os
números como você bem quiser. Então, não quero entrar nesse meandro, mas quero
dizer que fica confuso entender o Executivo, que ora comemora que há dinheiro
sobrando e ora – ou a todo o momento, eu diria – a sua grande chave para não
fazer as coisas é dizer que falta dinheiro em caixa. Infelizmente, votaremos
contrariamente a essa aprovação das contas de 2012, sem entrar no mérito do
Fundeb, dos investimentos na educação. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Guilherme Socias Villela assume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Em votação nominal, solicitada
pelo Ver. Clàudio Janta, o PDL nº 008/15. (Pausa.) (Após apuração
nominal.) APROVADO por 20 votos SIM e 06 votos NÃO.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, o
próximo a ser votado é o meu projeto sobre os royalties decorrentes da
exploração de petróleo, é a segunda votação, precisando de 24 votos. Então, eu
pediria a todos os Vereadores e as Vereadoras que possam estar presentes. Muito
obrigada.
(O Ver. Cassio
Trogildo reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. MÔNICA LEAL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a
alteração da ordem da priorização de votação, para que possamos, logo após a
votação do PELO nº 002/13, votar os Requerimentos referentes a títulos e
homenagens. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Mônica Leal. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
2º TURNO
PROC.
Nº 1082/13 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon e
outros, que inclui art. 183-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
determinando que sejam aplicados integralmente em educação os recursos
provenientes da União a título de distribuição da participação especial e dos royalties
decorrentes da exploração de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos
fluidos. Com Emenda nº 03.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto; Relator Ver. Mendes Ribeiro:
pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação da Emenda nº
03;
- da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Verª Séfora Gomes Mota: pela aprovação do Projeto
e da Emenda nº 03.
Parecer
Conjunto:
- da CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECODNH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Paulo
Brum: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 03.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do art. 174, II, do
Regimento da CMPA;
- Emendas nºs 01 e 02 retiradas de
tramitação;
- incluído na Ordem do Dia em
16-12-15;
- votação em 1º Turno em
21-12-2015.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal a
Emenda nº 03 ao PELO nº 002/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 25 votos SIM e 01 voto NÃO.
Em votação nominal, em 2º turno, o PELO nº 002/13.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM e 01 voto NÃO.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente,
muito obrigada pela sua presença, inclusive porque tinha que sair para um
compromisso. Quero agradecer, com muito carinho, a cada um dos Vereadores e
Vereadoras. Porto Alegre, agora, tem uma lei específica sua, cumprindo a
legislação federal, poderá receber os royalties
do petróleo, para a educação e para a saúde. Parabéns à nossa Câmara!
O SR. DELEGADO CLEITON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a transferência do período de Grande Expediente
de hoje para a próxima Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação
Requerimento de autoria do Ver. Delegado Cleiton. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(O Ver. Delegado
Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Quero
parabenizar a Ver.ª Séfora Mota.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 001/16 – (Proc. nº 0073/16 – Ver. Elizandro Sabino) – requer a
realização de Sessão Solene no dia 15 de abril, às 19h, destinada a assinalar o
transcurso dos 100 anos do Pastor Nils Taranger.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento nº 001/16. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 007/16 – (Proc. nº 0356/16 – Verª Sofia Cavedon) – requer seja o
período de Comunicações do dia 14 de março destinado a assinalar o transcurso
dos 50 anos da Associação dos Orientadores do Rio Grande do Sul – AOERGS.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento nº 007/16. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 014/16 – (Proc. nº 0523/16 – Mesa Diretora) – requer a
realização de Sessão Solene no dia 08 de março, às 10h, destinada a assinalar o
transcurso do Dia Internacional da Mulher.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento nº 014/16. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Delegado
Cleiton, as mulheres Vereadoras querem agradecer ao conjunto dos Vereadores por
terem aprovado a Sessão Solene no dia 8. Em nome da
bancada, solicito a retirada do PLL nº 021/13 da priorização de votação da
Ordem do Dia de hoje, em função de o Ver. Alberto Kopittke estar em viagem de
estudos.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0516/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 043/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
institui o Programa Municipal de Ensino do Xadrez (PMEX). Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Marcelo Sgarbossa: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 02-09-15;
- adiada a discussão por uma Sessão em 15-02-16.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão
o PLL nº 043/14. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº
01 ao PLL nº 043/14. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Kevin
Krieger, o PLL nº 043/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 12 votos SIM, com o voto de desempate do Presidente, 11 votos NÃO e
01 ABSTENÇÃO.
O SR. CLÀUDIO JANTA (Requerimento): Solicito a
inversão na ordem de votação, antecipando a votação do Requerimento nº 010/16.
Após retornaremos à ordem normal.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Solicitaria a
substituição do termo “convocação” para “convite”.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Vereador, o Requerimento fala em convocação, não
temos como alterar.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: E nós temos poderes para convocar?
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Sim. Previsto no Regimento.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Então voto “não”.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. João Carlos Nedel.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 010/16 – (Proc. nº 0414/16 – Ver. Clàudio Janta) – requer a convocação do Secretário da
Fazenda Municipal para prestar informações sobre a real situação financeira do
Município, impacto da crise nas contas municipais e a possibilidade de
parcelamento de salários dos servidores municipais.
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento
nº 010/16. (Pausa.) A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 010/16.
A SRA. SOFIA CAVEDON: No espaço da minha Bancada, quero elogiar a iniciativa do Ver. Clàudio Janta. De fato, nós
nos assustamos agora, há duas semanas, uma semana e meia, com os jornais
noticiando que o Prefeito Fortunati considerava a hipótese de parcelamento de
salários na Prefeitura de Porto Alegre. Algo deste gênero, desta monta, eu,
desde quando era funcionária pública municipal, nunca vi acontecer. Então, não
é algo simples, Ver.ª Fernanda, não é algo banal. É algo bastante grave um
Prefeito chegar a publicizar que esta é uma realidade que não está longe da cidade de Porto Alegre. E acho que sim, esta Casa é muito importante que se antecipe, Ver. Janta. E, quando faço aqui elogio, faço
de maneira sincero. Porque, com o drama em que vivem os funcionários estaduais,
eu não queria estar na pele de nenhum deles, nem na pele do Governador. Porque
imaginem eu ouvir a fala, a coletiva do Secretário da Fazenda na semana passada,
tu vais ouvindo na rádio, tu vais te apavorando, Ver.ª Mônica, porque ele vai
dizendo: “Olha, eu acho que, na segunda-feira, vão entrar tantos milhões, eu
acho...”. E tu começas a pensar: “Nossa, imagina o sentimento de insegurança
daquelas mães e pais de família que dependem do salário que entra no dia, de
toda família brigadiana, dos professores e professoras estaduais que tanto
lutaram pelo piso e consideravam o Governador Tarso inimigo da educação, porque
não pagava o piso”.
(Aparte
antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: E vejam: nos quatro anos, o Tarso, Ver. Bosco, deu 76% de reajuste –
76% de reajuste, a inflação e acima da inflação, quase 50% nos últimos quatro
anos. Agora, imaginem os professores e professoras que lutaram toda a vida pelo
piso, nas conferências, e que estão tendo seus salários parcelados. Eu não
consigo imaginar o drama da insegurança. A minha mãe, lá em Veranópolis, é
professora aposentada – 20 horas –, e ela não recebeu o 13º salário. Ela não
foi no Banrisul, Ver. Dr. Goulart, ela não foi tirar o empréstimo, ela vive
daquele salário e das contribuições eventuais dos seus filhos. Eu nem tinha me
dado conta de que ela me perguntou na última vez que eu fui a Veranópolis: “Sofia,
quando é que vai ser pago, porque eu não fui no Banrisul”. E aí, claro, eu fui
me informar, parece que em agosto. Agora, vocês imaginem os funcionários
estaduais de todas as carreiras convivendo com essa enorme insegurança, não
conseguiram começar o ano letivo, porque ficam naquela encruzilhada. Se eu não
luto, eu vou ter menos; se eu luto, tem uma situação dramática.
E quero aqui
compartilhar com os senhores e as senhoras: imaginem se a Assembleia
Legislativa vai se comover em relação aos funcionários, aos Deputados e, ao
mesmo tempo, se não vai ter que escutar o Governo, enfim. Então, acho que esta
Câmara deve se antecipar, porque nós fizemos vários debates aqui no ano
passado, no ano retrasado, sobre as finanças públicas, votamos projetos de lei.
De fato, no ano passado, votamos dois projetos que são emblemáticos, que
prometiam receitas, porque era o único argumento importante da Prefeitura em
relação, Ver.ª Lourdes, à reestruturação da Fazenda e aos Procuradores era o
argumento da arrecadação, mas abre o ano com a ameaça do parcelamento. O
impacto financeiro dos Procuradores e o impacto financeiro da Fazenda montam R$
15 milhões/ano, cada um deles. É um impacto importante. Então, acho que a nossa
Câmara, para não chegarmos ao limite de estar recebendo os funcionários
desesperados pelo parcelamento, deve antecipar essa discussão, ouvir o
Secretário, entender os números, é muito positivo, mostra responsabilidade com
a Cidade, e acho que temos que construir a credibilidade no Parlamento, a
política sem raiva, a política do diálogo, das opiniões e das contribuições. Eu
tenho certeza de que demos uma contribuição há pouco aqui na Casa e vamos dar
no bom debate.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Ver.ª Sofia Cavedon.
A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 010/16.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, é muito oportuno que
comecemos a falar de números – eu, como auditora, lidei por longos anos com
números, sou apaixonada por resultados –, mas também não podemos nos focar
somente no nosso Município. Nós estamos com os cofres raspados porque, todos
sabem, temos uma grande operação de investigação no País. Eu quero dizer que
não podemos também esquecer o passado: quando o Governo Fogaça assumiu o
Município, as nossas contas estavam no vermelho, lembro bem, tanto que estava
comprometido o Programa Integrado Socioambiental, porque, sem resultados
positivos, não era possível fazer mais financiamentos, e havia várias outras
repercussões. Então, Ver.ª Sofia, vamos registrar todos os fatos.
Faz dois anos que eu fiz um requerimento para ouvir
a explicação dessa metodologia, que não é legal, que não está amparada, que é a
pedalada – já se falava em pedaladas. Nós, como auditores e contadores, não
aceitamos isto como normalidade: transferir valores de um fundo para outro para
dar resultados positivos. Muitos fundos de pensão já estão comprometidos com o
futuro das aposentadorias, e isso vem sendo dito na imprensa. Aqui mesmo, eu
falei sobre o resultado da análise dos percentuais do Previmpa, do Município, o
que é muito sério. Quando os funcionários precisarem se aposentar, como estarão
esses fundos? Um fundo, do qual eu participo, que não é do Município, é de
previdência complementar, também solicitou um percentual de aumento porque
houve problemas. Então com o que poderemos contar, no futuro, para nos
aposentarmos?
É bem-vinda
essa chamada do nosso Secretário, porque o balanço, novamente, deu com as
contas de acordo, positivo, o Município estava bem; e, agora, nós temos essa
surpresa – como foi bem falado aqui –, de um possível atraso de salários, de
problemas de fundos. Então nós temos que ser responsáveis, porque, quando se
alardeia o resultado em nível de imprensa, não dá para se mexer em questão de
um ou dois meses. Nós temos falado sobre isso com as entidades de fiscalização
da profissão, temos falado também com os auditores, porque nós temos que
valorizar, sim, a nossa profissão. Não podemos permitir que essas aventuras
ocorram, porque os resultados são inimagináveis quando se promove um total
positivo, sendo que aquilo é uma fraude, como está acontecendo em todo o País
com os resultados – inclusive no caso do IBGE, e não é bem assim.
Então onde nós vamos parar com tantas inverdades,
com tantos valores que não seguem as leis? Hoje, nós temos metodologias de
investigação muito rápidas, e eu acredito que quem valoriza o seu trabalho, a
sua profissão deve se preocupar com isso, porque, na hora em que se assina, na
hora em que se põe um registro, não é tão simples transformar em outro número,
porque aquilo já ficou registrado. Antigamente, era o diário, o livro razão,
que ainda eram feitos à tinta. Hoje, não; fica registrado e pulveriza mundo afora.
Então eu acho que os gestores públicos, os profissionais devem ser firmes, não
permitindo que, na hora em que futuras categorias precisem se aposentar, não
seja mais possível receberem os valores que tanto almejam na hora de descansar,
depois de muitos anos de luta e de trabalho. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim e pelo Ver. Pablo Mendes Ribeiro,
o Requerimento nº 010/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 02 votos NÃO.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, eu
só queria comunicar que votei contra em função do termo “convocação”, mas que
sou a favor do convite ao Sr. Secretário da Fazenda.
O SR. IDENIR CECCHIM: Acompanhei o Ver.
Nedel. E para fazer justiça: o Secretário Tonetto nunca se furta de vir às
reuniões da CEFOR, com dados, explicações, ele tem comparecido e certamente vai
comparecer com o maior prazer, com todos os dados necessários.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1642/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Ginásio Leonel de Moura Brizola o ginásio pertencente à Escola
Municipal de Ensino Fundamental Larry José Ribeiro Nunes, localizada no Bairro
Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
Observações:
- incluído na
Ordem do Dia em 16-07-14;
- adiada a
discussão por uma Sessão em 15-02-16.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão
o PLL nº 166/13. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
166/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente; Dr.
Thiago, que está presente; eu gostaria de socializar com os senhores e as
senhoras, porque passou pela Comissão de Educação, e eu tive o cuidado de fazer
um pedido de diligência à SMED para conhecer a opinião da comunidade escolar
sobre o tema, porque, quando se nomina um espaço escolar, no mínimo, a
comunidade precisa ser consultada, na minha opinião. E a SMED me encaminha,
devolve a esta Casa a seguinte informação (Lê): “Em resposta ao Ofício enviado
com solicitação de colocar o nome de Leonel Brizola em nossa quadra, informamos
que, após votação em todos os segmentos da comunidade escolar, a maioria
decidiu por não aceitar a solicitação”. Na época, foi assinado pela diretora da
escola a informação, a Escola informou à SMED, e a
SMED informou esta Casa sobre a posição em 23 de maio de 2014.
Portanto, esta
Vereadora, como relatora ainda em 2014 – estou encaminhando porque me distraí
na hora do debate, gostaria de saber se o autor tem uma mudança na posição da
comunidade escolar –, posicionou-se contrariamente. Pela história do Brizola,
não tenho nenhuma observação a fazer, apenas, em função da minha trajetória, da
minha discussão nesta Casa – faço polêmica com nome de rua, porque não se
consultam os moradores –, acho ruim batizar um espaço sem os usuários daquela
área participarem. Então, apenas gostaria que o Dr. Thiago nos dissesse se
alterou essa condição de opinião da comunidade escolar da Escola Larry José
Ribeiro Nunes, no bairro Restinga. Se não alterou, infelizmente à minha bancada
orientarei que mantenha a posição contrária.
(Não revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Dr.
Thiago está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 166/13.
O SR. DR. THIAGO: As contradições,
Ver.ª Sofia, fazem parte já da história do PT. As contradições já estão
implícitas e impressas na história do PT. Vejam bem, foi feita uma guerra na
Cidade com relação à questão do nome da avenida, que acabou se chamando
“Legalidade”, e o que foi enfocado, inclusive nesta tribuna pela mesma Ver.ª
Sofia, é a história da questão da Legalidade, é a iniciativa do Governo
Brizola, é a ação que ele teve no intuito preservar o estado democrático de
direito naquele momento. Este projeto
singelo foi proposto – Ver.ª Sofia Cavedon, eu peço que a senhora preste
bastante atenção – por um grupo de professores da escola Professor Larry, pelo diretor à
época, o Professor Carlos Aigner. Se a associação à qual a senhora se vincula,
se o sindicato ao qual a senhora se vincula não quer homenagear,
independentemente de partido, um ícone da história deste Estado, aí é outra
coisa. Se, quando – e é assim que o PT atua – interessa, pode se homenagear;
quando não interessa, trazem documentos assinados por não sei quantas pessoas,
não sei por quem, abalando a propositura do nome.
Eu vou deixar na consciência de cada Vereador e de
cada Vereadora, eu não vou avançar nisso. Vou deixar a informação de que essa
proposição foi trazida pelo diretor da escola à época, o Professor Carlos
Aigner, por um grupo de Vereadores, por um grupo de professores e por um grupo
de pais e mestres. Agora, a votação eu vou deixar a critério de vocês. Eu acho
que cada Vereador tem que ser independente nesse processo, e não vou atravancar
outras discussões da Cidade que certamente são muito mais importantes do que
esta, Ver. Clàudio Janta. Na tarde de hoje, eu não ouvi ninguém fazer
pronunciamento nesta tribuna sobre as questões da saúde e do PACS; eu não ouvi
ninguém falar do tiroteio que houve no PACS na noite de ontem; não ouvi ninguém
falar que o atendimento foi obstruído porque não se tinham as condições de
segurança na noite de ontem no PACS. Então, eu não vou polemizar, só estou
trazendo a informação; já que V. Exa. me provocou, estou trazendo a informação
de que nós não gestamos esse projeto sozinhos, isso foi pela solicitação de um conjunto
de pais, de professores e do diretor à época, Professor Carlos Aigner. Atente
se o sindicato a que V. Exa. se vincula é contrário a esse grupo; não será por
isso que o ginásio deva deixar de ser homenageado. Era isso.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA (Requerimento): Sr. Presidente,
solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Clàudio Janta. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Não há
quórum.
Está encerrada a
Ordem do Dia e os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h14min.)
* * * * *